Mario Quintana

Mario de Miranda Quintana, nasceu em Alegrete em 30 de julho de 1906, foi poeta, tradutor e jornalista.

Solitário, passou grande parte da vida em hotéis. Entre 1968 e 1980 morou no Hotel Majestic, no centro histórico de Porto Alegre, quando trabalhava para jornal Correio do Povo onde passa a publicar Do Caderno H no Caderno de Sábado.

Mais tarde quando o jornal encerrou temporariamente suas atividades por problemas financeiros. Quintana, sem salário, deixou de pagar o aluguel do quarto e foi despejado. O comentarista esportivo e ex-jogador da seleção Paulo Roberto Falcão, cedeu a ele um dos quartos do Hotel Royal para ele morar.

Uma amiga chegou a falar que o quarto era pequeno demais, quando Quintana disse: “Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas”.

Essa mesma amiga, conseguiu um apart-hotel no Porto Alegre Residence, onde o poeta viveu até sua morte.

Em 1982, o prédio do Hotel Majestic, considerado um marco arquitetônico de Porto Alegre, foi tombado. No ano seguinte, a pedido dos fãs do poeta, foi comprado pelo governo estadual do Rio Grande do Sul e transformado em um Centro Cultural, batizado de “Casa de Cultura Mario Quintana”.

O seu quarto foi reconstruído em uma de suas salas, orientado pela sua sobrinha-neta Elena Quintana.

Quintana foi sepultado no Cemitério São Miguel e Almas em Porto Alegre.

 

Academia brasileira de Letras

Mario Quintana tentou por três vezes uma vaga na Academia Brasileira de Letras, nenhuma das vezes foi aceito. Razões diversas não permitiram que ele conseguisse os vinte votos necessários para ter o direito a uma cadeira.

Na quarta vez, o convite veio da própria academia, que mesmo com a promessa de unanimidade, teve seu convite recusado pelo poeta, que na ocasião disse:

“Só atrapalha a criatividade. O camarada lá vive sob pressões para dar voto, discurso para celebridades. É pena que a casa fundada por Machado de Assis esteja hoje tão politizada. Só dá ministro.”

Não ter sido um dos imortais da Academia Brasileira de Letras não diminuiu nem um pouco a grandeza do poeta. Na verdade, a grande perda foi para a ABL.

 

Dois livros para ler agora

  • A Vaca e o Hipogrifo. Foi a segunda seleção de crônicas de Mario Quintana publicada em 1977 pela Editora Garatuja. Com mais de 200 textos, estão reunidos pensamentos, aforismos, anotações, poemas e breves crônicas, reunindo prosas, mini prosas e poemas.
  • Baú de espantos. Neste livro Mario Quintana revisita sua infância e a própria poesia, buscando a valorização da experiência do cotidiano. A obra foi publicada em 1986, quando o poeta completou 80 anos.

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