Ulisses – James Joyce

Ulisses de James Joyce. Confesso que relutei muito em trazer este livro para o site.

É um livro grandioso, complexo e, para quem quer escrever, fundamental.

Ler este livro é como um artista iniciante começando a estudar a capela Cistina. No início a sensação é de impotência. Nunca serei tão grande. Provavelmente não. James Joyce era um gênio inalcançável, pelo menos pela grande maioria da humanidade, me incluo neste balaio.

Este romance é uma recriação moderna da Odisseia de Homero. Trata-se, portanto, um grande recriando um grande.

Nesta odisseia moderna, Leopold Bloom é o Odisseu que busca sua Penélope em uma jornada de dezoito horas, que inicia no dia 16 de junho de 1904 e termina no início da madrugada do dia seguinte.

Cada capítulo é uma hora nesta viagem, cada episódio possui um tema, uma técnica e uma aula de como se escrever. Em uma primeira leitura parece uma combinação desestruturada e caótica de situações desconexas, que começam a fazer sentido a medida que se avança no texto.

Joyce colocou neste romance tantos signos e informações que seria impossível enumerá-las.

Em uma análise inicial, os três primeiros episódios correspondem à Telemaquia da Odisseia e fazem a ligação entre o retrato do artista quando jovem e as aventuras de Leopold Bloom.

No primeiro episódio a técnica utilizada e a do diálogo de duas, três e quatro pessoas.

O segundo tem como técnicas o Diálogo de duas pessoas, a Narração e o Solilóquio.

Já o terceiro trabalha com o monólogo.

E assim sucessivamente, James Joyce vai utilizando de técnicas, símbolos e um extenso vocabulário para escrever um dos maiores romances do século XX.

James Joyce

James Joyce nasceu em Dublin no dia 2 de fevereiro de 1882. Foi um romancista, contista e poeta irlandês. Considerado um dos autores de maior relevância do século XX, participou dos primórdios do modernismo poético em língua inglesa, sendo considerado por Ezra Pound um dos mais eminentes poetas do imagismo.

Em 1906, enquanto terminava Dublinenses, Joyce considerou adicionar outro conto, sobre um negociante de anúncios judeu chamado Leopold Bloom, o conto se chamaria Ulisses. Ele não escreveu este conto, mas a ideia ficou em sua cabeça. Em 1904 o que seria um conto, começou a tomar forma de um romance que terminaria em outubro de 1921.

Graças a Ezra Pound, trechos do romance começaram a ser publicados na revista The Little Review em 1918.

Infelizmente, houve problemas desta publicação com a censura norte-americana, e em 1920 os editores foram condenados por publicar obscenidades, o que interrompeu a publicação serial do romance.

Joyce encontrou dificuldades para encontrar quem publicasse seu livro. Mas a Shakespeare and Company, uma famosa livraria da Margem Esquerda parisiense, de propriedade de Sylvia Beach, publicou-o em 1922.

1922 foi um ano fundamental na história do modernismo na literatura de língua inglesa, com a publicação tanto de Ulisses quanto do poema The Waste Land, de T. S. Eliot.

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