Não verás país nenhum – Ignácio Loiola Brandão

“Não verás país nenhum” de Ignácio Loiola Brandão. Quando li este livro a primeira vez, ainda era moleque, havia acabado de ler 1984 e confesso, não consegui assimilar muito desta leitura, talvez por ser informação demais para um adolescente de 15 anos.

A minha primeira impressão foi não gostar do livro, assumo, achei parecido com o livro de Orwell.

Mas, voltando, como se volta à escola depois de décadas, tudo tinha uma nova aura, eu tinha mais bagagem e as palavras de “Não verás país nenhum” me chegaram com mais sentido.

É um livro que tem de ser lido com calma, há muita informação. Ele tem de ser lido também com a consciência de que é uma ficção, é bem capaz de você olhar para fora da janela e ver esta São Paulo do Futuro acontecendo.

O furo na mão de Souza, pareceu bizarro aos quinze anos, hoje parece um motivo para não ficar parado, para se refazer, pois toda reconstrução começa com a destruição do que antes existia.

Como os corpos jogados a céu aberto, o livro incomoda, mas está lá, e não pode ser ignorado. Souza é demitido da escola, por ensinar as crianças a pensar, parecido com a escola sem partido, o que acham?

A sociedade é escrava dos políticos, que manipulam com uma maestria que se fosse usada para o trabalho honesto…

Há tantas semelhanças, que alguém vai dizer: Isto não é um livro, é um jornal!

Leia, qualquer semelhança com a realidade, será só semelhança?

Ignácio Loiola Brandão

Ignácio de Loyola Lopes Brandão nasceu em Araraquara em 31 de julho de 1936. É um contista, romancista e jornalista.

Sua carreira começou em 1965 com o lançamento de “Depois do Sol”, um livro de contos onde retratava a vida na cidade grande.

Seus outros livros de contos:

  • “Cadeiras proibidas” (1976)
  • “Obscenidades para uma dona de casa” (1981)
  • “Cabeças de segunda-feira” (1983)
  • “O homem do furo na mão” (1987). Esta ideia foi reaproveitada mais tarde em “Não verá país nenhum”, que é o livro de hoje.
  • “O homem que odiava segunda-feira” (1999)
  • “Pega ele, Silêncio” (1976)

E seus romances:

  • “Bebel que a Cidade Comeu” (1968)
  • “Zero” (1975)
  • “Dentes ao Sol” (1976)
  • “Não Verás País Nenhum” (1981)
  • “O Beijo Não Vem da Boca” (1985)
  • “O Ganhador” (1987)
  • “O Anjo do Adeus” (1995)
  • “A Altura e a Largura do Nada” (2006)

Este ano recebeu da Academia Brasileira de Letras com o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra.

Leia “Não verás país nenhum” e depois veja com outros olhos, as lambanças do planalto.

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