Judas – Amós Oz

O traidor é o que mais ama. Judas seria mesmo um traidor?

Sempre me perguntei isso, mesmo antes do livro. Jesus, um homem que fazia milagres como ressuscitar um morto, andar sobre as águas, multiplicar peixes, que pregava uma nova religião.

Que fez um sermão em uma montanha que atraiu centenas de pessoas. Uma pessoa assim não seria difícil de ser identificada. Na verdade, seria uma personalidade na época e hoje.

Judas era, segundo o livro, um homem rico. Por que ele precisaria trais Jesus por trinta moedas? E depois se enforcar no mesmo dia?

Amós faz nesse livro o que faz de melhor: colocar o dedo na ferida, qualquer ferida. E são estas feridas abertas que nos fazem pensar e que o torna um dos maiores escritores da atualidade.

O tema central do livro é óbvio: traição. Um tema caro para o escritor. Desde pequeno a traição surgiu em sua vida, não por destruir a confiança dos outros, inclusive o seu pai, mas por seguir os seus instintos que nunca iam de encontro ao comum, ao que todos julgavam como certo.

Aos 14 anos, com Israel sob o domínio britânico, ele fez amizade com um sargento inglês. Entre os seus, qualquer tipo de relacionamento com o inimigo era um ato imperdoável de traição.

Não que ele fosse a favor dos ingleses, simplesmente não era a favor das barreiras, por mais intransponíveis que elas fossem.

Ainda hoje, aos 77anos, ainda leva ao caldeirão social muita lenha. Sua posição sobre o conflito entre Judeus e Palestinos, gera celeumas em ambos os lados.

Amós Oz

Amos Oz nasceu em Jerusalém no dia 4 de maio de 1939, é co-fundador do movimento pacifista Paz Agora (Shalom Akhshav).

Talvez seja um dos poucos Judeus que olha para o outro lado com olhos de trégua. Este é um assunto delicado e torna aquela parte do mundo um barril de pólvora.

Em 1991 foi eleito membro da Academia de Letras Hebraicas.

Em 1992, recebeu o Prémio de Frankfurt pela Paz, e ganhou o Prêmio Israel, o mais prestigioso do país.

Em 1998 (50º ano da Independência de Israel), recebeu o Prémio Femina em França e foi indicado para o Prémio Nobel de Literatura em 2002.

Em 2004 recebeu o Prémio Internacional Catalunya, junto com o pacifista palestino Sari Nusseibeh.

Publicou cerca de duas dezenas de livros em hebraico, e mais de 450 artigos e ensaios em revistas e jornais de Israel e internacionais.

Em 2005 recebeu o prêmio Goethe como escritor. Em 2007 recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias de letras.

Judas é a sua obra mais recente, e está disponível aqui. É só baixar e ler.

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